Candidato presidencial republicano, o ex-presidente dos EUA Donald Trump gesticula no palco durante um evento noturno eleitoral no Centro de Convenções de Palm Beach em 6 de novembro de 2024 em West Palm Beach, Flórida. Foto: AFP/ARQUIVO
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Candidato presidencial republicano, o ex-presidente dos EUA Donald Trump gesticula no palco durante um evento noturno eleitoral no Centro de Convenções de Palm Beach em 6 de novembro de 2024 em West Palm Beach, Flórida. Foto: AFP/ARQUIVO
O Irão considerou hoje a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA uma oportunidade para os Estados Unidos reavaliarem as “políticas erradas” do passado.
Trump, que deverá regressar à Casa Branca em janeiro depois de derrotar a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, nas eleições de terça-feira, seguiu uma estratégia de “pressão máxima” sobre o Irão durante o seu primeiro mandato.
“Temos experiências muito amargas com as políticas e abordagens de diferentes governos dos EUA no passado”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaeil Baghaei, citado pela agência de notícias estatal IRNA.
A vitória de Trump, acrescentou, foi uma oportunidade “para rever políticas erradas anteriores”.
O Irão e os Estados Unidos são adversários desde a Revolução Islâmica de 1979, que derrubou o xá apoiado pelo Ocidente, mas as tensões atingiram o pico durante o primeiro mandato de Trump, de 2017 a 2021.
Antes de Trump ser declarado vencedor na quarta-feira, o Irão considerava as eleições nos EUA irrelevantes.
“As políticas gerais dos Estados Unidos e da República Islâmica do Irão estão fixas”, disse a porta-voz do governo, Fatemeh Mohajerani.
“Não importa quem se torne presidente. Os planos já foram definidos para que não haja mudanças nos meios de subsistência das pessoas”, acrescentou.
Durante o seu primeiro mandato, Trump retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irão de 2015 e impôs duras sanções à república islâmica.
Em 2020, sob a presidência de Trump, os Estados Unidos mataram o reverenciado general do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Qasem Soleimani, num ataque aéreo ao aeroporto de Bagdad.