O Bloco chega a acordos para conquistar os países céticos, à medida que as preocupações climáticas ficam em segundo plano em relação ao comércio e à defesa.

Os ministros do clima da União Europeia chegaram a um acordo diluído sobre as metas de redução de emissões enquanto lutavam para conquistar os estados membros perante as Nações Unidas Cimeira COP30 na Amazônia.

Os ministros aprovaram um compromisso na manhã de quarta-feira, após uma maratona de conversações sobre como o bloco irá reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa em 90 por cento até 2040, introduzindo flexibilidades que essencialmente transferirão parte da tarefa para países estrangeiros.

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Ao abrigo do compromisso, os países serão autorizados a comprar créditos de carbono estrangeiros para cobrir até 5% do seu objectivo global de redução de emissões em 90% em comparação com os níveis de 1990. Numa concessão adicional, o bloco também concordou em considerar a opção de utilizar créditos internacionais de carbono para cumprir mais 5% do seu objectivo.

“Definir uma meta climática não é apenas escolher um número. É uma decisão política com consequências de longo alcance para o continente”, disse o ministro dinamarquês do Clima, Lars Aagaard, acrescentando que ele e os seus colegas trabalharam para proporcionar “conforto” que preservaria “a competitividade, o equilíbrio social e a segurança”.

Num esforço adicional para conquistar os membros cépticos, os países da UE concordaram que o objectivo global para 2040 fosse reavaliado de dois em dois anos. Concordaram também em enfraquecer outras políticas climáticas politicamente sensíveis, atrasando o lançamento de um futuro mercado de carbono da UE de 2027 para 2028.

Alguns países, incluindo a Polónia, a Eslováquia e a Hungria, opuseram-se à meta climática para 2040, alegando que esta afectaria a competitividade industrial, mas não conseguiram bloquear o acordo, que precisava do apoio de apenas 15 dos 27 Estados-Membros da UE.

A ONU pediu a todos os governos do mundo que apresentassem planos climáticos para 2035 antes da abertura da cúpula climática COP30, na segunda-feira, no Brasil. O acordo significa que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, não irá à reunião de mãos vazias.

As conversações testarão a vontade das principais economias de continuarem a combater as alterações climáticas face à oposição de céticos como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A UE, em particular, orgulhou-se de liderar os esforços internacionais para conter as alterações climáticas nas COP anteriores, mas as preocupações climáticas passaram recentemente para segundo plano em relação à defesa e à competitividade.

Grupos ambientalistas acusaram os países de minar as ambições climáticas do bloco ao pressionarem por lacunas.

Centenas de grupos e activistas ambientais e de direitos humanos escreveram uma carta no final de Setembro apelando à COP30 para colocar a justiça e as reparações para as pessoas injustamente afectadas pela crise climática, pelo colonialismo e pela escravatura no centro das conversações.

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