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O Grupo Tata enfrenta turbulência renovada enquanto o Grupo Shapoorji Pallonji considera sair de sua participação de 18,37% na Tata Sons, gerando desafios jurídicos e financeiros complexos para o conglomerado

O Grupo SP detém 18,37% de participação na Tata Sons.
Uma série de desenvolvimentos dentro do homem de 157 anos Grupo Tatao maior conglomerado empresarial do país, está atraindo atenção renovada à medida que o grupo enfrenta disputas complexas de acionistas e decisões estratégicas. Desde a morte do veterano industrial Ratan Tata no ano passado, o conglomerado tem estado no centro de renovadas controvérsias, que vão desde disputas familiares internas até intervenções governamentais.
No centro da agitação atual está a possível saída do Grupo Shapoorji Pallonji (SP), o maior e mais antigo acionista da Tata. O Grupo SP detém uma participação de 18,37% na Tata Sons, uma relação que remonta a 1936. Durante décadas, a parceria foi marcada por laços cordiais, mas as tensões aumentaram em 2016 durante a disputa de alto nível entre Cyrus Mistry e Ratan Tata, que chegou ao Tribunal de Empresas e mais tarde ao Supremo Tribunal, onde a Tata Sons saiu vitoriosa.
Agora, uma década depois, as diferenças entre as duas famílias ressurgiram, desta vez envolvendo Noel Tata e Mehli Mistry. Os relatórios indicam que a Tata Sons começou a explorar opções para resolver estas questões permanentemente, incluindo a potencial aquisição da participação do Grupo SP. O Grupo SP, que enfrenta obrigações de dívida significativas, manifestou a vontade de alienar as suas participações na Tata Sons para gerir a sua exposição financeira.
As regras de governança corporativa, porém, complicam qualquer saída. Com uma participação acima de 10%, o Grupo SP se qualifica como promotor, o que significa que qualquer aquisição ou desinvestimento deve cumprir os Estatutos da Tata Sons, os regulamentos do Reserve Bank of India e as normas corporativas mais amplas. Analistas dizem que o grupo tem quatro caminhos principais para gerenciar a possível saída:
- Recompra de Participação do Grupo SP: A Tata Sons poderia adquirir diretamente a totalidade da participação acionária do Grupo SP. O negócio, estimado em cerca de 3 lakh crore, enfrenta resistência devido ao imposto sobre ganhos de capital de 36% que o Grupo SP incorreria na transação, potencialmente chegando a milhares de crores.
- Troca de ações: Uma alternativa seria converter a participação do Grupo SP em ações de subsidiárias da Tata, como a Tata Steel ou a TCS. Isto permitiria ao Grupo SP realizar fundos gradualmente e resolver a sua dívida de mil milhões de dólares com vencimento em 2026. No entanto, os estatutos existentes da Tata Sons proíbem atualmente tal troca, necessitando de alterações nas regras.
- Venda para um comprador externo: O Grupo SP poderia alienar para um fundo de private equity ou outro investidor externo. Embora esta abordagem evite desembolsos de capital adicionais por parte da Tata Sons, exige que o conglomerado seja cotado publicamente, uma medida há muito resistida para manter o estatuto privado do grupo.
- IPO da Tata Sons: A listagem da Tata Sons forneceria uma rota de saída formal para o Grupo SP. No entanto, esta opção continua bloqueada, especialmente pelos Tata Trusts, que controlam o grupo e têm sido firmes na preservação da sua propriedade privada.
Com estas restrições, os especialistas sugerem que qualquer resolução será prolongada e dependerá de aprovações regulamentares, incluindo o Banco Central da Índia e, potencialmente, o Supremo Tribunal.
7 de outubro de 2025, 17h11 IST
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