Os líderes saúdam o acordo alcançado na cimeira da ONU sobre o clima como um passo em frente, mas dizem que é necessária “mais ambição” para enfrentar a crise.

Os líderes mundiais apresentaram um projecto de texto na conferência climática das Nações Unidas no Brasil que procura abordar a crise, mas o acordo não inclui qualquer menção à eliminação progressiva dos combustíveis fósseis que impulsionam as alterações climáticas.

O texto foi publicado no sábado após negociações esticado durante a noitemuito além do encerramento esperado da cimeira COP30, de duas semanas, na cidade brasileira de Belém, no meio de profundas divisões sobre a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis.

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O projecto, que deve ser aprovado por consenso por quase 200 nações, compromete-se a rever as barreiras comerciais relacionadas com o clima e apela às nações desenvolvidas para “pelo menos triplicarem” o dinheiro dado aos países em desenvolvimento para os ajudar a resistir a fenómenos climáticos extremos.

Insta também “todos os intervenientes a trabalharem em conjunto para acelerar e intensificar significativamente a ação climática em todo o mundo” com o objetivo de manter a marca de 1,5 graus Celsius (2,7 graus Fahrenheit) para o aquecimento global – uma meta acordada internacionalmente definida no âmbito do Acordo de Paris – “ao alcance”.

Wopke Hoekstra, comissário climático da União Europeia, disse que o resultado foi um passo na direção certa, mas o bloco teria gostado mais.

“Não vamos esconder o facto de que teríamos preferido ter mais, ter mais ambição em tudo”, disse Hoekstra aos jornalistas. “Devemos apoiá-lo porque pelo menos está indo na direção certa”, disse ele.

A ministra francesa da Transição Ecológica, Monique Barbut, também disse que se tratava de um “texto bastante plano”, mas que os europeus não se oporiam a ele porque “não há nada de extraordinariamente mau nele”.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, também disse em uma postagem nas redes sociais que embora o resultado “ficasse aquém das expectativas”, a COP30 demonstrou a importância do multilateralismo para enfrentar desafios globais como as alterações climáticas.

‘Precisava de um salto gigante’

Os países tinham foi dividido sobre uma série de questões em Belém, incluindo um esforço para eliminar progressivamente os combustíveis fósseis – os maiores impulsionadores da crise climática – que atraiu a oposição de países produtores de petróleo e de nações que dependem do petróleo, do gás e do carvão.

Perguntas de financiamento climático também suscitou debates acalorados, com as nações em desenvolvimento a exigirem que os países mais ricos suportassem uma maior parte dos encargos financeiros.

Mas o Brasil, anfitrião da COP30, pressionou por uma demonstração de unidade, já que a conferência anual é amplamente vista como um teste à determinação do mundo para enfrentar uma crise cada vez mais profunda.

“Precisamos mostrar à sociedade que queremos isso sem impor nada a ninguém, sem estabelecer prazos para que cada país decida o que pode fazer no seu tempo, dentro das suas possibilidades”, disse o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. disse no início desta semana.

No início do sábado, o presidente da COP30, André Aranha Correa do Lago, disse que a presidência publicaria “roteiros” sobre combustíveis fósseis e florestas, uma vez que não houve consenso sobre essas questões nas negociações.

Falando à Al Jazeera antes da divulgação do projeto de texto, Asad Rehman, diretor executivo da Friends of the Earth, disse países mais ricos “teve que ser arrastado – aos pontapés e aos gritos – para a mesa” na COP30.

“Eles tentaram intimidar os países em desenvolvimento e enfraqueceram o texto… Mas eu diria que, no geral, pelo que ouvimos, teremos dado um passo em frente”, disse Rehman numa entrevista em Belém.

“Isto será bem recebido pelos milhões de pessoas para quem estas conversações são uma questão de vida ou morte. No entanto, na escala de a crise que enfrentamosé claro que precisávamos de um salto gigante.”

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