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Duas novas companhias aéreas receberam recentemente Certificados de Não Objeção (NOCs) do governo, enquanto outra obteve aprovação no ano passado
Três novas companhias aéreas – Shankh Air, Al Hind Air e FlyExpress – entram no mercado. (Imagem Representativa)
Na sequência da recente controvérsia no sector da aviação envolvendo uma transportadora privada líder, as preocupações com a redução da concorrência nos céus da Índia ganharam grande destaque. O Centro, desconfiado de um monopólio emergente, decidiu alargar o campo. Duas novas companhias aéreas receberam recentemente Certificados de Não Objeção (NOCs) do governo, enquanto outra obteve aprovação no ano passado. Juntas, essas autorizações abrem caminho para três novos participantes, como Shankh Air, Al Hind Air e FlyExpress, cada um se posicionando com um modelo de negócios distinto.
A sua chegada sinaliza mais do que apenas novas aeronaves entrando em serviço. Os perfis dos promotores por detrás destes empreendimentos, e as estratégias que estão a seguir, indicam tentativas de colmatar lacunas específicas no mercado, desde a conectividade regional à logística de carga e tarifas estáveis para viajantes de classe média.
Shankh Air tem como alvo o passageiro doméstico em massa
A Shankh Air planeja se posicionar como uma companhia aérea doméstica para passageiros de renda média e viajantes de cidades menores. O modelo proposto baseia-se em preços dinâmicos mínimos, com a empresa afirmando que as tarifas serão mantidas dentro de uma faixa previsível, mesmo durante a alta temporada e festivais.
A transportadora pretende iniciar operações com aeronaves Airbus A320, começando com três aviões na primeira fase e aumentando gradativamente. Espera-se que Lucknow sirva como base, com foco inicial na ligação de cidades de Uttar Pradesh a grandes centros como Delhi, Mumbai e Bengaluru. O Aeroporto de Jewar também está sendo considerado um futuro centro estratégico.
A companhia aérea está sendo promovida pelo empresário Shravan Kumar Vishwakarma, baseado em Kanpur, que tem interesses em comércio, mineração, logística e construção. A sua entrada na aviação é impulsionada pela crença de que tarifas consistentes e acessíveis poderiam desbloquear um rápido crescimento entre os passageiros que voam pela primeira vez em cidades mais pequenas.
Al Hind Air aposta na conectividade regional
A Al Hind Air, com sede em Kerala, está se posicionando como uma companhia aérea regional. Sua estratégia centra-se na operação de aeronaves turboélice, incluindo o ATR 72-600, em rotas de curta distância e aeroportos com pistas mais curtas, modelo considerado mais econômico para viagens regionais.
Espera-se que o Aeroporto Internacional de Kochi seja o principal hub da companhia aérea. O foco inicial será conectar cidades de nível 2 e nível 3 em Kerala e no sul da Índia. A companhia aérea também está a explorar a possibilidade de futuros serviços internacionais, especialmente para destinos do Golfo que tenham fortes ligações da diáspora com o estado.
A Al Hind Air é promovida pelo Grupo Al Hind, liderado por T Mohammed Haris e PV Valsaraj. O grupo atua na indústria de viagens e turismo há mais de três décadas, com forte presença nos serviços de Hajj e Umrah, emissão de bilhetes internacionais e assistência com vistos. Espera-se que esta rede existente apoie a companhia aérea na construção da sua base inicial de passageiros.
FlyExpress operará como companhia aérea somente de carga
Ao contrário dos outros dois participantes, a FlyExpress, com sede em Hyderabad, não transportará passageiros. Em vez disso, planeia operar como uma companhia aérea focada em carga, servindo os segmentos de rápido crescimento do comércio eletrónico, da logística médica e das encomendas internacionais.
| Nome da companhia aérea | Base e Sede | Modelo de Negócios | Plano de Frota | Área de foco | Status atual |
| Shankh Air | Lucknow, Utar Pradesh | Companhia aérea de serviço completo com preços dinâmicos limitados | Airbus A320; começando com 3 aeronaves | Conectando cidades em Uttar Pradesh com centros de metrô; Aeroporto de Jewar como futuro hub | NOC do MoCA; Processo AOC da DGCA em andamento |
| Al Hind Air | Kochi, Kerala | Companhia aérea regional | Turboélice ATR 72-600 | Cidades de nível 2 e nível 3 em Kerala e no sul da Índia | NOC do MoCA; COA pendente |
| FlyExpress | Hyderabad | Companhia aérea focada em carga | Avião cargueiro (detalhes pendentes) | Comércio eletrônico e carga internacional | NOC do MoCA; Processo AOC em andamento |
Com Hyderabad como base operacional, a companhia aérea pretende operar serviços de carga dedicados conectando os principais centros logísticos na Índia, bem como destinos no exterior. Os promotores estão ligados a uma empresa de logística com uma rede consolidada que abrange os Estados Unidos, a Europa, o Médio Oriente e a Ásia. Ao ingressar na aviação, o grupo pretende reduzir a dependência de outras companhias aéreas e obter um controle mais rígido sobre os prazos de entrega.
Todas as três companhias aéreas obtiveram NOCs do Ministério da Aviação Civil (MCA) e estão em vários estágios de obtenção de Certificados de Operador Aéreo da Direção Geral de Aviação Civil (DGCA). Embora os seus modelos difiram acentuadamente, desde a previsibilidade de tarifas baixas até aos serviços regionais de transporte regional e às operações exclusivamente de carga, o momento da sua entrada surge num contexto de maior escrutínio do domínio do mercado no sector.
25 de dezembro de 2025, 15h16 IST
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