O líder norte-coreano pede um aumento na produção de mísseis, projéteis e mais fábricas para produzi-los.
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, ordenou que seus funcionários se intensificassem produção de mísseis e projéteis de artilharia e construir mais fábricas para atender à crescente necessidade de armas por parte de seus militares, informou a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), estatal.
Numa visita a fábricas de munições acompanhado por altos funcionários, Kim ordenou que as fábricas se preparassem para um ano movimentado pela frente, disse a KCNA na sexta-feira.
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“O setor de produção de mísseis e projéteis do país é de suma importância para reforçar a dissuasão da guerra”, disse Kim, segundo a KCNA.
“Para expandir ainda mais a capacidade global de produção” e acompanhar a procura das forças armadas da Coreia do Norte, Kim também ordenou a construção de novas fábricas de munições, disse a KCNA.
O pedido de Kim por mais mísseis ocorreu depois que ele apareceu na quinta-feira visitando um estaleiro para supervisionar a construção do que a Coreia do Norte relata que será um foguete de 8.700 toneladas. submarino movido a energia nuclear capaz de lançar mísseis terra-ar.
Fotos de Kim no estaleiro mostraram-no inspecionando um enorme navio cor de vinho, revestido com o que parece ser tinta anticorrosiva, em construção dentro de um salão de reuniões com altos funcionários e sua filha.
Foi a primeira vez que a mídia estatal norte-coreana divulgou imagens do submarino desde março, quando mostravam principalmente as seções inferiores da embarcação.

Hong Min, pesquisador sênior do Instituto Coreano para a Unificação Nacional, com sede em Seul, escreveu em um relatório na quinta-feira que o projeto do casco do submarino indica que ele foi equipado com um reator nuclear e que o navio está quase pronto para navegar.
Durante a inspeção do submarino, Kim alertou que os planos da Coreia do Sul de construir submarinos movidos a energia nuclear “pioraria a instabilidade” na região, descrevendo a medida como uma ameaça à segurança nacional da Coreia do Norte.
Numa cimeira com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em novembro, o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, apelou a Washington para apoiar os esforços da Coreia do Sul para adquirir submarinos com propulsão nuclear. Mais tarde, Trump disse que os EUA estavam abertos a compartilhar tecnologia de propriedade privada para permitir que a Coreia do Sul construísse um submarino com propulsão nuclear.
Kim ordena mais produção de mísseis
Também foi relatado na quinta-feira que Kim supervisionou o lançamento de testes de novos tipos de mísseis antiaéreos de alta altitude e longo alcance sobre o Mar do Japão.
O líder do Norte foi citado como tendo dito que “novos planos de modernização e produção” seriam revelados no congresso do seu governante Partido dos Trabalhadores Coreanos, que está previsto para o início do próximo ano.
Analistas dizem que o recente foco de Kim na intensificação dos testes de mísseis visa melhorar as capacidades de ataque de precisão, com o objetivo de pressionar os Estados Unidos e a Coreia do Sul, bem como testar sistemas de armas antes de potenciais exportações para a Rússia.

As já fortes relações entre Pyongyang e Moscovo estreitaram-se ainda mais desde que a Rússia lançou a invasão da Ucrânia há quase quatro anos. A Coreia do Norte enviou tropas, granadas de artilharia, mísseis e sistemas de foguetes de longo alcance para apoiar as forças russas, dizem analistas, como parte de um pacto de defesa mútua assinado por Kim e pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Em troca do apoio militar de Pyongyang, a Rússia teria fornecido à Coreia do Norte assistência financeira, tecnologia militar e fornecimento de alimentos e energia.
Washington também disse que há evidências de que o apoio de Moscou inclui tecnologia espacial e de satélite avançada.
Ahn Chan-il, um investigador originário da Coreia do Norte, disse que também se espera que Pyongyang “busque tecnologias militares avançadas da Rússia, incluindo capacidades submarinas com propulsão nuclear e aviões de combate”.


















