A Síria anunciou ontem um cessar-fogo abrangente com as forças curdas após uma reunião entre o presidente sírio Ahmed al-Sharaa e o líder curdo Mazloum Abdi que se seguiu a confrontos mortais na cidade de Aleppo, no norte do país.
As autoridades sírias, que assumiram o poder no ano passado após a deposição do governante de longa data Bashar al-Assad, rejeitaram as exigências curdas de um governo descentralizado que lhes desse maior autonomia.
A questão aumentou as tensões com a administração curda que controla áreas do norte e nordeste, enquanto as diferenças entre os dois lados atrasaram a implementação de um acordo de 10 de Março sobre a integração das instituições civis e militares dos curdos no Estado.
Numa declaração sobre X, o ministro da Defesa sírio, Murhaf Abu Qasra, disse que se encontrou em Damasco com Abdi, chefe das Forças Democráticas Sírias (SDF), apoiadas pelos EUA e lideradas pelos curdos.
“Concordámos num cessar-fogo abrangente em todas as frentes e em pontos para implantação militar no norte e nordeste da Síria”, disse Qasra, acrescentando que a implementação do acordo começaria imediatamente.
Uma fonte do governo disse à AFP que o encontro ocorreu depois que Sharaa se reuniu com Abdi, o primeiro encontro desse tipo desde julho, e que os dois discutiram “questões de segurança relativas ao acordo de 10 de março”.
O enviado dos EUA para a Síria, Tom Barrack, e o almirante Brad Cooper, chefe do Comando Central militar dos EUA, também compareceram, acrescentou a fonte, sob condição de anonimato.
Barrack disse na segunda-feira no X que ele e Cooper visitaram o nordeste da Síria para “conversas substanciais” com Abdi.
O líder curdo disse que foram discutidas “questões destinadas a apoiar a integração política na Síria, preservar a integridade territorial do país e criar um ambiente seguro para todos os componentes do povo sírio”, bem como garantir esforços contínuos para combater os jihadistas do EI na região.
















