O escritório da ONU no Iémen disse ontem que 20 dos seus funcionários ainda estavam detidos pelos rebeldes Houthi após um ataque ao seu edifício em Sanaa no dia anterior.

No sábado, o escritório da ONU disse que as forças de segurança Houthi fizeram uma “entrada não autorizada” no seu complexo, acrescentando que o pessoal estava “seguro e sob controle”.

“Cinco funcionários nacionais e quinze funcionários internacionais permanecem detidos dentro do complexo”, disse ontem Jean Alam, porta-voz do coordenador residente da ONU.

“As Nações Unidas estão em contacto com as autoridades de Sanaa e com os Estados-Membros relevantes e o Governo do Iémen para resolver esta grave situação o mais rapidamente possível, pôr fim à detenção de todo o pessoal e restaurar o controlo total sobre as suas instalações em Sanaa.”

Os rebeldes já haviam invadido os escritórios da ONU em Sanaa em 31 de agosto, detendo mais de 11 funcionários, segundo a ONU. Esses funcionários eram suspeitos de espionar para os Estados Unidos e Israel, disse na época um alto funcionário Houthi à AFP, sob condição de anonimato.

Numa declaração no sábado, o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, disse: “Continuaremos a pedir o fim da detenção arbitrária de 53 dos nossos colegas”.

Ele respondia a um discurso televisionado na quinta-feira pelo líder rebelde Abdelmalek al-Houthi, durante o qual afirmou que suas forças haviam desmantelado “uma das células de espionagem mais perigosas”, que ele disse estar “ligada a organizações humanitárias como o Programa Alimentar Mundial e a Unicef”.

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