Milhares de pessoas foram às ruas por toda a França ontem para protestar contra a decisão do presidente Emmanuel Macron de nomear Michel Barnier, de centro-direita, como primeiro-ministro, com partidos de esquerda acusando-o de fraudar eleições legislativas.

Macron nomeou Barnier, de 73 anos, conservador e ex-negociador do Brexit da União Europeia, como primeiro-ministro na quinta-feira, encerrando uma busca de dois meses após sua decisão malfadada de convocar uma eleição legislativa que resultou em um parlamento dividido em três blocos.

Em sua primeira entrevista como chefe de governo, Barnier disse na sexta-feira à noite que seu governo, que não tem uma maioria clara, incluirá conservadores, membros do campo de Macron e, espera-se, alguns da esquerda.

A esquerda, liderada pelo partido de extrema esquerda França Indomável (LFI), acusou Macron de negar a democracia e roubar a eleição depois que Macron se recusou a escolher o candidato da aliança Nova Frente Popular (NFP), que ficou em primeiro lugar na votação de julho.

O instituto de pesquisas Elabe publicou uma pesquisa na sexta-feira mostrando que 74% dos franceses consideram que Macron desconsiderou os resultados das eleições, com 55% acreditando que ele os roubou.

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