A OTAN reforçará a sua presença militar no Mar Báltico após a suspeita de sabotagem de um cabo de energia submarino que liga a Finlândia e a Estónia esta semana, disse ontem o chefe da aliança militar ocidental, Mark Rutte.
No dia de Natal, o cabo submarino Estlink 2 que transporta eletricidade da Finlândia para a Estónia foi desligado da rede, pouco mais de um mês depois de dois cabos de telecomunicações terem sido cortados em águas territoriais suecas no Báltico.
As autoridades finlandesas disseram na quinta-feira que estavam investigando o petroleiro Eagle S, que partiu de um porto russo, como parte de uma investigação por “sabotagem agravada”.
O presidente finlandês, Alexander Stubb, disse ontem: “Temos a situação sob controle e temos que continuar a trabalhar juntos de forma vigilante para garantir que a nossa infra-estrutura crítica não seja danificada por estranhos”.
As autoridades suspeitam que o navio-tanque faz parte da “frota sombra” russa, que se refere a navios que transportam petróleo bruto e produtos petrolíferos russos embargados devido à invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
O navio Eagle S, que arvora bandeira das Ilhas Cook, no Pacífico Sul, estava a caminho de Port Said, no Egito. A polícia suspeita que a âncora do petroleiro possa ter danificado o cabo de alimentação.