As Nações Unidas instaram na sexta-feira a Etiópia e a Eritreia a respeitarem a integridade territorial uma da outra, expressando preocupação com as “tensões renovadas” entre os dois países vizinhos.
Durante meses, as nações do Corno de África trocaram acusações de desestabilização, levantando o espectro de uma nova guerra.
A Eritreia, que conquistou a independência da Etiópia em 1993, após uma longa luta armada, acusa o seu vizinho sem litoral de estar de olho no seu porto de Assab.
As autoridades etíopes, entretanto, dizem que a Eritreia está “a preparar-se activamente para a guerra” e a financiar grupos armados que lutam contra as forças federais.
O chefe da ONU, António Guterres, apelou a ambos os lados para “recomprometerem-se com a visão de uma paz duradoura e com o respeito pela soberania e integridade territorial” no âmbito do Acordo de Argel, que pôs fim a uma guerra fronteiriça que matou dezenas de milhares de pessoas entre 1998 e 2000, disse o seu porta-voz, Stephane Dujarric, num comunicado.
Os dois países têm tido relações tensas desde então, com os combates a reacenderem-se novamente na região de Tigray, na Etiópia, marcada pela guerra.





















