O embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada (C, R), fala durante uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre as Ações Militares dos EUA contra a Venezuela, na sede das Nações Unidas, em 23 de dezembro de 2025, em Nova York. Foto: AFP

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O embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada (C, R), fala durante uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre as Ações Militares dos EUA contra a Venezuela, na sede das Nações Unidas, em 23 de dezembro de 2025, em Nova York. Foto: AFP

A Rússia e a China criticaram na terça-feira os Estados Unidos pela sua pressão militar e económica sobre a Venezuela, dizendo ao Conselho de Segurança da ONU que se tratou de “comportamento de cowboy” e “intimidação”.

A Venezuela, que solicitou a reunião do conselho de emergência com o apoio de Moscovo e Pequim, acusou Washington da “maior extorsão conhecida na nossa história”.

Os Estados Unidos destacaram uma importante força militar nas Caraíbas e interceptaram recentemente petroleiros como parte de um bloqueio naval contra navios venezuelanos que consideram estar sob sanções.

Na reunião de terça-feira, o embaixador dos EUA, Mike Waltz, respondeu às críticas dizendo que “os Estados Unidos farão tudo o que estiver ao seu alcance para proteger o nosso hemisfério, as nossas fronteiras e o povo americano”.

O presidente dos EUA, Donald Trump, acusa a Venezuela de usar o petróleo, principal recurso do país sul-americano, para financiar “narcoterrorismo, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros”.

Caracas nega qualquer envolvimento no tráfico de drogas e afirma que Washington está a tentar derrubar o seu presidente, Nicolás Maduro, para se apoderar das reservas de petróleo venezuelanas, as maiores do mundo.

– ‘A maior extorsão’ –

“Os atos do lado dos EUA vão contra todas as normas fundamentais do direito internacional”, disse Vassily Nebenzia, embaixador da Rússia nas Nações Unidas, qualificando o bloqueio dos EUA como um “ato de agressão”.

“A responsabilidade de Washington também é evidente pelas constantes consequências catastróficas de tal conduta de cowboy”, disse ele ao conselho.

“A China opõe-se a todos os atos de unilateralismo e intimidação e apoia todos os países na defesa da sua soberania e dignidade nacional”, afirmou o representante chinês, Sun Lei.

O embaixador venezuelano, Samuel Moncada, disse ao conselho: “Estamos na presença de uma potência que atua fora do direito internacional, exigindo que os venezuelanos desocupam o nosso país e o entreguem”.

“Esta é a maior extorsão conhecida na nossa história”, acrescentou.

Waltz reiterou as acusações de Trump contra o líder venezuelano, dizendo que “Nicolas Maduro é um fugitivo procurado pela justiça americana e chefe da organização terrorista estrangeira, o ‘Cartel de los Soles'”.

Especialistas afirmam que não há evidências da existência de um grupo organizado com uma hierarquia definida que tenha esse nome.

O governo dos EUA ofereceu uma recompensa de 50 milhões de dólares por qualquer informação que leve à prisão de Maduro, um forte aliado do líder russo Vladimir Putin.

Desde Setembro, as forças dos EUA lançaram dezenas de ataques aéreos contra barcos que Washington alega, sem apresentar provas, que transportavam drogas. Mais de 100 pessoas foram mortas.

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