Produtos fabricados na China são expostos em loja de varejo dentro de um shopping especializado em importações chinesas, no centro da Cidade do México, México, 11 de setembro de 2025. REUTERS

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Produtos fabricados na China são expostos em loja de varejo dentro de um shopping especializado em importações chinesas, no centro da Cidade do México, México, 11 de setembro de 2025. REUTERS

Os legisladores mexicanos apoiaram na quarta-feira uma medida para aumentar as tarifas sobre produtos provenientes da China e de outros países que não têm acordos comerciais com o México, apesar da forte resistência de Pequim.

A medida, liderada pela Presidente Claudia Sheinbaum e aprovada pelo Senado por 76 votos a 5 na quarta-feira à noite, aumenta as tarifas sobre as importações de automóveis, têxteis, vestuário, plásticos, eletrodomésticos e outros produtos, afetando principalmente produtos chineses.

A alteração das tarifas também afetará a Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Rússia, Tailândia, Turquia, Taiwan e Brasil.

Sheinbaum deve agora adiantar as novas tarifas para entrarem em vigor em 1º de janeiro de 2026.

Serão modificadas 1.463 linhas tarifárias.

As taxas tarifárias propostas foram reduzidas de uma sugestão inicial de 50 por cento para 20 ou 35 por cento para a maioria das categorias de bens. A taxa de 50 por cento ainda seria aplicada em alguns casos.

A administração Sheinbaum tem procurado fortalecer o mercado interno e reduzir a dependência das importações, embora os opositores ao plano tarifário tenham alertado que isso poderia levar a aumentos de preços no país.

Mas houve 35 abstenções na votação, que ocorreu em meio a forte pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, porque os senadores disseram que o projeto foi apressado e precisava de mais análises sobre seu impacto na inflação.

Pequim disse que se opõe a qualquer “coerção” para impor restrições às suas exportações, e as autoridades chinesas já haviam alertado o México para “pensar cuidadosamente” sobre a medida.

A câmara baixa do Congresso aprovou a proposta por 281 votos a 24, com 149 membros não votando, argumentando que era necessária mais discussão.

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