O Cazaquistão disse na segunda-feira que a parte norte do Mar de Aral contém agora quase 50% mais água do que em 2008, uma rara história de sucesso ambiental numa região atormentada pela poluição.
O Mar de Aral, entre o Uzbequistão e o Cazaquistão, já foi o quarto maior lago do mundo, antes de os projectos de irrigação soviéticos terem feito com que a maior parte dele secasse.
A transformação do mar de água doce – que já atingiu 40 metros de profundidade e abrange 68 mil quilómetros quadrados – foi considerada uma das piores catástrofes ambientais do mundo.
Desde 2008, o volume de água na parte norte, mais pequena, do mar “aumentou 42% e atingiu 27 mil milhões de metros cúbicos”, informou o ministério dos recursos hídricos da república da Ásia Central.
Isto foi “graças à implementação da Fase Um do projeto de conservação do Mar de Aral (Norte)”, disse o ministério à AFP.
O esquema, financiado conjuntamente pelo governo do Cazaquistão e pelo Banco Mundial, envolveu a construção de novas infra-estruturas para evitar que a água fluísse do mar.
Só em 2024, as autoridades direcionaram 2,6 mil milhões de metros cúbicos de água do rio Syr Darya para a parte norte, reduzindo a salinidade da água por um fator de quase quatro e promovendo a vida aquática, afirmou.
Os esforços para salvar o Mar de Aral exigiram uma cooperação estreita entre as cinco antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central, que estabeleceram quotas anuais de água para o Amu Darya e o Syr Darya, os dois rios que alimentam o Aral.