Um cão de trenó fica na neve, em Nain, Terra Nova e Labrador, Canadá. Foto de arquivo da Reuters
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Um cão de trenó fica na neve, em Nain, Terra Nova e Labrador, Canadá. Foto de arquivo da Reuters
O governo canadense pediu desculpas oficialmente no sábado a uma comunidade indígena pela morte de várias centenas de cães de trenó pela polícia há mais de meio século.
O Ministro das Relações Coroa-Indígenas, Gary Anandasangaree, apresentou o pedido de desculpas em Nunavik, na província de Quebec, no norte.
“Não deveria ter levado décadas para o Canadá pedir desculpas aos Nunavik Inuit pelo papel que o Governo Federal desempenhou na expropriação e perda devastadora dos cães de trenó, que agiam como companheiros e parentes”, disse Anandasangaree.
De acordo com um relatório de 2010, mais de 1.000 cães pertencentes ao povo Nunavik foram mortos “sem levar em consideração as consequências graves e difíceis para os donos de cães e suas famílias”.
Os cães de trenó “eram essenciais para a caça, pesca e captura dos seus donos, bem como para toda a comunidade, que dependia dos cães para subsistência e transporte”, refere o relatório, publicado por um juiz reformado.
Além do pedido oficial de desculpas, o governo canadense pagará 45 milhões de dólares canadianos (32 milhões de dólares) em compensação.
“As ações e omissões que levaram ao assassinato em massa dos cães de trenó infligiram profunda dor e sofrimento às famílias Inuit que ninguém deveria ter suportado”, disse Anandasangaree no sábado.
Em 2019, o governo canadense também pediu desculpas aos Nunavut Inuit pelas mortes de cães de trenó pela polícia em uma área mais ao norte da província.