A sitiada gigante da aviação Boeing chegou a um acordo de última hora na segunda-feira com a família de uma mulher morta na queda de um jato 737 MAX em 2019, evitando um julgamento civil federal.

Três fontes próximas ao caso disseram à AFP que um acordo foi acordado fora do tribunal, mas não deram detalhes.

A queda do avião da Ethiopian Airlines matou 157 pessoas. O julgamento estava marcado para começar terça-feira em Chicago.

Originalmente envolvia seis demandantes, mas até agora todos, exceto um, haviam chegado a um acordo, de acordo com uma fonte familiarizada com o caso.

A audiência de terça-feira acontecerá para informar o juiz Jorge Alonso sobre o acordo, que deverá aprovar o acordo para que seja oficialmente acertado, disse a fonte.

“É um julgamento apenas por danos, o que significa que nenhuma prova sobre a responsabilidade da Boeing será apresentada”, disse a fonte à AFP.

O caso restante envolveu Manisha Nukavarapu, uma mulher nascida na Índia que estava a bordo do voo ET302 da Ethiopian Airlines em 10 de março de 2019, quando o Boeing 737 MAX 8 caiu minutos depois de decolar de Adis Abeba, matando todas as 157 pessoas a bordo.

Os advogados da família do demandante não responderam a um pedido de comentário da AFP.

A denúncia inicial, obtida pela AFP, dizia que Nukavarapu estava no segundo ano de residência médica na East Tennessee State University, onde planejava se tornar endocrinologista.

Ela tinha planeado apanhar o voo da Ethiopian Airlines para visitar a sua irmã no Quénia.

– Negligência –

Um documento judicial de junho de 2023 dizia que parentes de 115 vítimas apresentaram queixas civis contra a Boeing por homicídio culposo e negligência, entre outras coisas, entre abril de 2019 e março de 2021.

Em 22 de outubro, ainda havia “30 processos pendentes em nome de 29 falecidos”, segundo fonte próxima ao processo judicial.

As denúncias foram divididas em vários grupos, sendo que o próximo grupo deverá ir a julgamento em 7 de abril de 2025.

A Boeing “aceitou a responsabilidade pelos acidentes do MAX publicamente e em litígios civis porque o projeto do MCAS… contribuiu para esses eventos”, disse um advogado da Boeing durante uma audiência em outubro.

O MCAS, um recurso de estabilização de voo, foi implicado na queda da Ethiopian Airlines e de um jato 737 MAX 8 operado pela Lion Air, que caiu em 29 de outubro de 2018, cerca de 10 minutos após decolar de Jacarta, na Indonésia. Todas as 189 pessoas a bordo do avião morreram.

Após os dois acidentes do 737 MAX, toda a frota do 737 MAX ficou paralisada por mais de 20 meses para que as autoridades conduzissem uma investigação.

Segundo a Boeing, mais de 90% das reclamações civis apresentadas sobre os dois acidentes foram resolvidas.

“A Boeing pagou bilhões de dólares às famílias do acidente e aos seus advogados em conexão com litígios civis”, disse um advogado da Boeing, Mark Filip, em uma audiência em 11 de outubro.

Source link