
Gabriela Sá Pessoa Associated Press
SÃO PAULO — Polícia no Brasil Ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso No sábado, ele era suspeito de conspirar para escapar e evitar uma sentença de 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe.
Bolsonaro foi condenado em setembro por tentar permanecer no poder depois de perder sua candidatura à reeleição em 2022. Ele é o primeiro ex-presidente da maior economia da América Latina a ser condenado por tentativa de anulação de uma eleição. Ele negou qualquer irregularidade.
O ministro Alexandre de Moraes, que supervisionou o caso, ordenou a prisão de Bolsonaro às 12h08 de sábado, após adulterar sua tornozeleira eletrônica. Seus advogados contestaram a reclamação.
Bolsonaro, de 70 anos, estava em prisão domiciliar e teve que usar o aparelho após ser considerado um risco de fuga.
Veja o que você deve saber sobre o caso:
O tribunal avaliará a ordem
Um painel da Suprema Corte que julga o caso de Bolsonaro votará a ordem de Moraes em uma sessão extraordinária na segunda-feira. O mesmo painel condenou e sentenciou Bolsonaro por 4 votos em setembro. O painel pode manter ou anular a ordem de prisão.
O processo é distinto do julgamento da tentativa de golpe pelo qual Bolsonaro foi condenado e sentenciado a 27 anos de prisão. Seus advogados poderão interpor novos recursos nesse caso antes que ele realmente comece a cumprir sua sentença. Espera-se que isso aconteça na próxima semana, depois que todos os recursos contra sua condenação forem esgotados.
Os advogados de Bolsonaro imploraram ao Supremo Tribunal do Brasil que o mantivesse em casa para cumprir a pena, alegando a sua saúde debilitada, mas a lei brasileira exige que todos os condenados comecem as suas penas na prisão.
Sexta-feira, Bolsonaro Ele entrou com uma petição ao Supremo Tribunal solicitando que fosse mantido em prisão domiciliar devido a problemas de saúde. De Moraes rejeitou o pedido no sábado, dizendo que ele se tornou discutível após as prisões preventivas. O juiz também retirou recentemente pedidos de abordagem a Bolsonaro.
Futuros e legados políticos
Bolsonaro foi Proibido de concorrer a cargos públicos até 2030 Como parte de um processo separado contra ele. Ainda assim, ele mantém um capital político sólido. Mesmo atrás das grades, Ele pode determinar quem carrega a bandeira da sua aliança.
Os líderes políticos do Brasil estão a sugerir potenciais candidatos de direita para desafiar Lula nas eleições do próximo ano.
Muitos veem o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como o sucessor natural, mas ele enfrenta resistência do círculo íntimo de Bolsonaro. O senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do ex-presidente, também foi citado como alternativa presidencial
Gilberto Kassab, uma figura-chave na administração de Freitas, é um dos políticos mais poderosos do Brasil. Ele controla o PSD, que controla o maior número de municípios e detém um dos maiores blocos no Congresso.
“Teremos eleições, e aqueles que forem qualificados serão contestados por elas. Não acredito que o presidente Bolsonaro recuperará suas qualificações nesta eleição”, disse Kassab a repórteres em São Paulo na sexta-feira.
Kasab disse que sua equipe está trabalhando em três nomes possíveis para a competição do próximo ano. Se De Freitas não concorrer, seu partido planeja apoiar o governador do Paraná, Carlos Roberto Massa Jr., que é Ratinho Jr., ou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leyte.
De Freitas e Ratinho Jr postaram mensagens nas redes sociais expressando solidariedade a Bolsonaro após sua prisão no sábado. De Freitas declarou apoio inabalável a Bolsonaro, considerando injusta a sua condenação e prometendo lutar contra ela. Ratinho Jr. disse que foi um “dia triste” e manifestou preocupação com a saúde do ex-presidente, mas não afirmou inocência.
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