- Rússia afirma que ‘atrapalhou’ os planos de guerra de Kiev
- Ataque de drone na região de Sumy, na Ucrânia, mata dois
- OTAN e Ucrânia se reunirão sobre ataque com mísseis russos
O Kremlin disse ontem que um ataque à Ucrânia utilizando um míssil balístico hipersónico recentemente desenvolvido foi concebido para alertar o Ocidente de que Moscovo responderá às medidas dos EUA e da Grã-Bretanha para deixar Kiev atacar a Rússia com os seus mísseis.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, falou um dia depois de o presidente Vladimir Putin ter dito que Moscou disparou o novo míssil – o Oreshnik ou Hazel Tree – contra uma instalação militar ucraniana.
A confirmação de Putin do uso de mísseis hipersónicos contradiz a afirmação do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky de que a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental.
Peskov disse que a Rússia não foi obrigada a alertar os Estados Unidos sobre o ataque, mas informou os EUA 30 minutos antes do lançamento. Putin permaneceu aberto ao diálogo, disse Peskov.
O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, disse ontem que as forças russas aceleraram o seu avanço no nordeste da Ucrânia e destruíram ali as melhores unidades do exército ucraniano.
“Este trabalho que fizemos aqui esmagou as melhores unidades (ucranianas). Agora o avanço acelerou. Atrapalhamos toda a campanha de 2025”, disse Belousov.
Um ataque de drone russo na cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia, matou duas pessoas e feriu 12 na manhã de ontem, disseram as autoridades regionais.
Doze prédios de apartamentos, cinco residências particulares, uma loja e três carros foram danificados depois que três drones atacaram a cidade por volta das 5h, relata a Reuters.
Enquanto isso, a OTAN e a Ucrânia manterão conversações na próxima semana em Bruxelas sobre o lançamento pela Rússia de um míssil hipersônico experimental de alcance intermediário, disseram diplomatas ontem.
Embaixadores dos países do Conselho OTAN-Ucrânia se reunirão na terça-feira para discutir o ataque à cidade de Dnipro, disseram autoridades à AFP.
Uma porta-voz da OTAN disse: “A implantação desta capacidade não mudará o curso do conflito nem impedirá os aliados da OTAN de apoiarem a Ucrânia”.
A China reiterou ontem os apelos à “calma” e “contenção” por parte de todas as partes na guerra na Ucrânia, depois de a Rússia ter confirmado que disparou um míssil balístico “hipersónico” experimental.
“Todas as partes devem permanecer calmas e exercer moderação, trabalhar para acalmar a situação através do diálogo e da consulta, e criar condições para um cessar-fogo rápido”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, num briefing regular.